sábado, 28 de fevereiro de 2009

"Comentando" Álbuns #2 - O Medo de um Planeta Vazio


Aqui vai a segunda edição do 'Comentando Álbuns' (como ninguém discutiu, vou apenas de comentar então u.u), e hoje falarei como prometido, sobre o nono e mais recente álbum da banda inglesa, Porcupine Tree.

Por anos, a banda Porcupine Tree está atuando no ramo do Rock Progressivo, tem sua seleção de fãs escolhidos á dedo, então, não é muito conhecida aqui pelo Brasil, mas na Inglaterra são considerados "Heróis".
Há um bom tempo o Porcupine esteve fazendo seu rock prog, mas ele não agradava não agradava uns e agradava outros, então, Steven Wilson (vocalista e guitarrista) fez o álbum Lightbulb Sun que uniu a parte mais prog do PT com a parte pop de suas bandas favoritas, e consegiu o contato com a mídia que tanto buscava. Então depois disso, nessa mistura entre Prog e Pop, entra o novo batera Gavin Harrison, com suas influências mais pesadas, vertentes do metal, eles lançam o álbum In Absentia (considerado a obra prima deles até o momento), o que mostrava que o novo Porcupine tinha deixado seus flertes com o pop e começar a flertar com o Metal, então em 2005 surge o álbum Deadwing, indo até para a Billboard na posição de #132, o que era um ótimo desempenho para eles, já que nunca tinham chego até então.

Então em 2006, Steven Wilson, Gavin Harrison, Richard Barbieri e Colin Edwin voltam aos estúdios e começam a trabalhar no projeto do FOABP, em dezembro de 2006 o álbum é terminado e lançado em Abril de 2007.
Fear of a Blank Planet foi para o Billboard na posição de numero #57 e foi considerado pela revista 'Reason' como "O álbum do ano" e em seus Reviews de várias revistas, conquistou de 8 ~ 10 pontos. Steven falou que o nome do álbum é totalmente ligado á o álbum do Public Enemy, Fear of a Black Planet, dizendo que o Public Enemy foi um grupo que Steven gostou e ainda gosta muito e que fizeram a vida dos jovens na época.

Agora vamos ás musicas:
Fear of a Blank Planet (7:28) [Wilson]
Abrindo com a faixa título, FOABP nada mais é que um vislumbre da juventude de hoje. O lado mais sombrio e psicopata da adolescência está nessa musica, falando sobre como os jovens de hoje estão mais ligados á sexo e drogas que qualquer outra coisa. Ela também explica como é a atitude de certos jovens em relação aos pais. Em termos musicais, ela tem um riff de violão que é muito bem introduzido, e que fica ecoando a musica toda (exceto na quebrada no meio da musica). Tem um clima pesado e muito sombrio, provávelmente quem não tem uma certa intimidade com o som da banda vai estranhar, mas com o tempo se prestar mais atenção na melodia, irá ouvi-la com certo gosto e talvez ficar repetindo o solo por um bom tempo, que é muito bom.

My Ashes (5:08) [Wilson/Barbieri]
My Ashes é o tipo de balada que marca o álbum, calma e sombria, fala da relação de pais e filhos, a velha culpa em cima dos inocentes, isso fazendo a criança crescer com ódio e angústia dos páis. A música é na verdade, muito triste, tendo umas passagens totalmente melancólicas, quase chorosas, não de lágrimas, mas de tristeza interna. Steven canta a musica como se estivesse a recitando, talvez sua infãncia tenha sido espelhada nessa musica. Seu "refrão" é totalmente bonito, a letra além de triste, é belíssima, quase um poema. My Ashes é uma daquelas que deve estar presente em qualquer coletânea da banda.

Anesthetize (17:42) [Wilson]
Anesthetize é considerada a obra prima do álbum (e talvez da carreira do Porcupine Tree, chegando até ser melhor que The Sky Moves Sideways), a música começa com um riff interessante, que vai guiando até os vocais tristes e inconformados de Steven Wilson, a primeira parte trata da questão "estou aqui mesmo?" se você é você e etc. A questão do existêncialismo, a falta de atenção, e o Bulliyng até. Depois de um grito frenético de sintetizador, parecendo mais uma falha do cd, a musica volta para o riff principal e depois abre o solo, comandado pelo guitarrista do Rush, Alex Lieferson, dando um show de arpeggios, bends e pentatônicas que só ele sabe fazer, além da sonoridade egípcia dos seus solos (que John Petrucci gosta tanto). Depois entra o riff stereo, que só funciona com dois speakers, sem eles, não sentirá o efeito. Logo entra o riff mais pesado e a musica realmente começa, mais pesada, mais agressiva, o riff headbanger que vai conduzindo a segunda parte faz que Steven cante de forma mais sarcástica (álbum) e agressiva (ao vivo), falando sobre como a MTV e as drogas destruíram e continuam destruindo a vida dos jovens de hoje (eu pessoalmente acho meio que pesado falar de emissoras de TV, mas é a opinião deles não é? enfim, mas concordo que a MTV só passa merda). Entra a terceira parte, um dedilhado melancólico e entrando todo o resto da banda, uma melodia que lembra muito a fase Floyd Wateriana. Essa parte com o screen film é perfeita! O filme passa ondas do mar, rolando, calmas e ao mesmo tempo mortais, a musica talvez trate da overdose e a morte de uma pessoa, o contexto de Anesthetize funciona de forma muito confusa e ao mesmo tempo muito interessante. Ela termina com um solo de Steven Wilson, muito belo por sinal, símples, tocada nas casas mais altas, coisa que SW não faz muito, então ela termina com uma melodia de teclado ecoando.

Sentimental (5:26) [Wilson]
Uma nota de piano abre a música, e entrando a bateria eletrônica, melancólica e sombria (como sempre) guia você para um tipo de sala onde tudo ecoa, até a voz, a voz de SW "sentimental" passa a mensagem que o sonho de toda criança é ser adulto, é a pergunta que é lançada e que "Normal" (outra canção do PT) responde. O refrão fala sobre as criaças jogadas pela vida e pelos país, sem direção, fazendo o que bem entendem. Não sei o que dizer sobre Sentimental, talvez ela seja a musica mais enigmática do álbum, estranha e talvez até mais complexa que Anesthetize pelo fato de parecer simples.

Way Out of Here (7:37) [Wilson/Harrison/Barbieri/Edwin]
Way Out é a single do álbum, soa como a peça perfeita para quase finalizar o álbum, começando triste e depois se mostrando mais forte no refrão, depois o baixo de Edwin tomando conta do verso faz a musica ter um estilo mais único, mais groove, junto com a bateria de Gavin, não sei se pode ser cotada como Tribal, mas é bem parecida. O solo fumegante de SW mostra que ele também tem suas firulagens, mas com estilo, tudo muito bem dosado. Depois de uma quebrada conduzida por Robert Fripp do King Crimson, a musica entra num riff tão pesado quanto o de Anesthetize. A musica finaliza com um sampler e o teclado de Barbieri.

Sleep Together (7:28) [Wilson]
O final do FOABP, uma forma no mínimo curiosa para terminá-lo, normalmente o PT acabava com uma musica melancólica e triste, sem peso e com muitos coros de voz, mas dessa vez não... dessa vez, ela começa de forma sombria, obscura, depois entra no refrão headbanger. Falando sobre a própria Overdose e uma menção á sexo, a musica segue até uma quebrada e um sampler ecoando, quando volta, vem com uma orquestra guiando a musica, conduzido por Dave Stewart e a London Session Orchestra. Tudo muito bem dosado, pesado e ao mesmo tempo elegante, a musica segue quase assustadora, com climax e tudo, e então ela finaliza com a orquestra ecoando seu último suspiro.

Fear of a Blank Planet é um álbum intenso, por mais que seja melancólico e tenha apenas 6 músicas, ele segue de forma elegante e pode ser considerado bonito até. Por mais que seja cheio de críticas e grosserias da parte de Steven com o Pearl Jam (XD). Se você curte rock prog ou as vertentes dele (neo, metal etc), é um álbum que não pode faltar na sua coletânea.
O álbum pode ser baixado aqui neste LINK.

Enfim, me despeço com um verso de My Ashes que gosto muito, e espero que gostem!

"And my ashes find a way beyond the fog,
And return to save the child that I forgot
And my ashes fade among the things unseen

And a dream plays in reverse on piano keys

And my ashes drop upon a park in Wales

Never-ending clouds of rain, and distant sails... distant sails"


Hasta la vista!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

The Messenger.

Não vi nenhuma resenha desse jogo até agora, então eu farei.
Bando de zé ruelas imprestáveis, não querem fazer a resenha só porque o jogo é japonês, meus pêsames. Eu vou me arriscar!


A batalha do bem contra o mal nunca foi tão bem representada nos games como em Dissidia.
Dissidia? É de comer? Não caro gafanhoto (ou qualquer outro inseto, enfim), Final Fantasy Dissidia é a nova franquia ligada aos games da Square Enix (antes apenas Square Soft). O jogo se trata de um quebra-pau maneiro entre herois e vilões de todas as sagas.
Vindos de suas respectivas dimensões, os heróis recebem o chamado de socorro da deusa Cosmos, onde ela pede para que eles (os heróis) impeçam Chaos de acabar com a dimensão presente (que seria a dimensão principal, o plano astral... enfim).
Então os heróis se juntam para enfrentar Chaos, Chaos sabendo disso, convoca os Nêmesis de cada herói. Então as duplas são divididas assim:

Warrior of Light X Garland (FFI)
Firion (Frioniel) X Emperor (Matheus) (FFII)
Onion Knight X Cloud of Darkness (FFIII)
Cecil Harvey X Golbez (Havey, spoiler!) (FFIV)
Bartz (Butz) Klauser X Exdeath (FFV)
Terra (Tina) Brandford X Kefka (Cefca) Palazzo (FFVI)
Cloud Strife X Sephiroth (FFVII)
Squall Leonhart X Ultimecia (FFVIII)
Zidane Tribal X Kuja (FFIX)
Tidus X Jecht (FFX)
Personagens Secretos incluídos!
Shantotto (FFXI) e Gabranth Von Rosenburg (FFXII)

Então esses pares se enfrentam na eterna disputa entre bem e o mal, é claro que muitos vilões só então ali para interesse pessoal, o que vale para eles é impedir os heróis.
Dissidia tem um estilo de jogo de luta muito diferente do normal...
O jogo conta com essas opções de jogabilidade:
Story Mode (Batalhas pelo Destiny Grid ou alguma coisa assim)
Colosseum Battle (Para render Purchase Points, PP's)
Quick Battle (Batalha normal, só para lutar mesmo)
Multiplayer Battle (¬¬)

Como já dito, o estilo de jogo pelo Destiny Grid é feito da seguinte maneira: Há um tabuleiro, nele haverá os alvos, você chegará à os alvos e irá lutar com eles, mas não é tão símples assim. cada movimento terminado, digamos, cada um turno de movimento, independente do número de casas que você anda, você gasta um Destiny Point (DP), isso fará que você perda prêmios e rankings no final do Story Mode do personagem (conhecido como Destiny Odyssey), os prêmios variam de itens á PP. Mas você não perde apenas na DG, há os DP Challenges, haverá alguns inimigos no tabuleiro que terão os DP Bonus, se você completar o DP Challenges deles, você ganhará DP's bônus, os números podem ser de +1 até +3. Os desafios podem ser: derrotar o inimigo em 10 segundos e até mesmo derrotar sem levar nenhum dano!

E Como funciona o estilo de batalha?
Não se trata apenas de apertar botões, não que não tenha aquele ataque massivo aos botões de ataque, mas o jogo o compele á ser mais estratégico. Os botões Quadrado (golpe de HP), Triângulo (Comando de ação: voar, deslizar pelo ar e até mesmo escalar paredes), Círculo (Ataque de BP) e o X (pular, apertando duas vezes você executa o salto duplo). A luta se favorece dos dois tipos de pontos, os Brave Points (BP) que representam o seu dano total em relação com o Ataque ao HP do inimigo (9999 de BP será o dano dado ao oponente quando executar o ataque do Quadrado) e o HP (Hit Points) que representa seus pontos de vida, se zerar, você morreu! Símples!
As combinações de botões lhe fazem ligar ataques para os tornar mais precisos, e até mesmo soltar outros especiais de HP Attacks (Quadrado). Outras combinações são usadas também, se você usar R+Triângulo, você usará o Dash, para chegar mais próximo do oponente com mais rapidez (quando você obtiver essa habilidade é claro)
e o R+Círculo para usar os Summons que te ajudarão na batalhar causando algum efeito em você ou no oponente (Ex: Summon Bahamut aumenta seu BP em 1/3 do total dele no momento usado por um minuto).

Habilidades? Como assim?
O jogo possuí Skills (Habilidades) que você equipa no personagem, você pode customizá-lo de forma apropriada antes dos confrontos. As skills são muitas e é muito difícil de administrá-las com o jogo em japonês, por isso equipe na marra e vá para a batalha.
O jogo também fornece equipamentos para comprar e equipar nos personagens. O que não deixa de ser MUITO últil!

A trilha sonora é impecável como sempre. Os temas de batalha dos FF (não todas) estão ai e a maioria está arranjada com novos instrumentos e até com uma temática diferente (vide The Fierce Battle do FFIV).

Muitos chamaram de "O Super Smash Bros da Square Enix", mas não tem nada a ver. São jogos distintos demais, enquanto no SSB você luta para expulsar o oponente do campo de batalha, no Dissidia você luta para derrotar ou até mesmo matar um inimigo. As batalhas até giram num plano mais cinematográfico com as mentiradas a lá Advent Children, onde você realmente conhece os poderes dos personagens de FF.

Dissidia é um jogo que até Japonês vale a pena jogar. Se você tem a sorte de ter um PSP ou tem um amigo que tenha, peça emprestado, baixe ou compre! Você terá horas e horas incansáveis de diversão! Se alguém tiver, me avise, eu quero disputaaaar!! T-T (não vejo a hora dos eventos de anime começarem para sair espacanando Otakus jovens e inocentes! Mwhehahaahahahaha)

É isso ai! E que venha Dissidia Final Fantasy II! \o/
Para fechar com chave de ouro, aqui vai o tema do jogo na versão Chaos!

http://www.youtube.com/watch?v=7_XoG-tu1jQ

Hasta la vista!