sábado, 29 de maio de 2010

To Be Where There's Life?


"O que pescar tem a ver com jogar bola?" foi meu último texto escrito no msn antes de começar esse post. Digo, o que tem a ver realmente?
Meus amigos, ou "amigos" passaram ultimamente por uma mudança de hábito, de vida, de humor, e pensei que já estaria na hora de fazer o mesmo. Digo, não vou fazer um post APENAS pra mostrar que "Oh, meu Deus, algo me iluminou e eu mudei", isso é inútil. Se você dizer ao mundo que mudou e na verdade depois de um tempo o hábito volta e você é enganado por si mesmo?

Anunciar uma mudança na vida requere certeza...

Certeza é algo que é alcançado com o tempo... Como disse, somos escravos de nossas memórias, feridas e etc. Há muitas chances dessas coisas te pegarem de jeito e te fazerem de bobo na frente das pessoas que você ama.
Proponho não uma mudança, mas uma reflexão (NÃO DE ESPELHOS E SIM DE PENSAMENTOS, QUE FIQUE CLARO!) sobre o que você acha da vida não só sua, mas das pessoas que você ama hoje em dia.
Não direi que mudei, mas acho que me adaptei da forma exata ao que o tempo me pede... por mais que eu necessitasse disso, após longos anos de teimosia, eu finalmente notei que estava errado (na verdade tinha notado faz mais de 2 anos, mas eu era teimoso, então deixa pra lá). As vezes sabemos do erro, mas o orgulho não nos deixa mudar, mas como eu disse, óculos escuros são para os fashions e os modernos e óculos de nerd são para os empolgados...

Eu disse isso né?
...

Acho que não.

Mas o que importa mesmo é que se você tem a bola, por que não vai pescar junto com os amigos no asfalto da Belém-Brasília tomando café gelado com pão recheado com miojo cru?
Aposto que vai ser uma experiência em tanto.

Ou tocar com sua banda num colégio de freiras, tocando musicas satânicas pagãs que falam de Jesus como o Rock'n Roll Star do Milênio enquanto a Etiópia queima profundamente com o aumento da taxa de IPTU, e você poderia solar a musica inteira com aquela Cítara Elétrica à Vapor da Fender que em parceria com a Jennifer fizeram tal instrumento tão apto de agressividade e amor?

Recitar versos antigos de Romeu e Julieta em Tiopês para a pessoa amada na frente do prédio dela, gritando com um megafone enquanto ela está no andar que fica entre o quinto pra cima enquanto está quarto dela tomando chá com cachaça e assistindo um show do Antônio Fagundes tocando os maiores sucessos do Pink Floyd em versão Blues com uma Gaita.
(isso seria interessante, será que alguém adere a idéia?)

Ou apenas ler a letra de To Be Where There's Life que também não faz o MENOR SENTIDO.

Seja o que for fazer, faça de coração.
Se te odeiam, deixa estar. Quando a pessoa que te odeia te encontrar, apenas sorrie e acene a cabeça, você fará essa pessoa feliz, SE O SORRISO NÃO PARECER FALSO.

E quando você se sentir só, não peça ajuda do solitário porque ele não sabe de porra nenhuma.
E se perder sua mosca de estimação, tudo bem, amanhã ela morre feliz...
Porque você deve se levar até a luz, até os sinais, além de portas trancadas para salas secretas onde a gente se perdeu há tempos atrás, quando lá ainda havia vida!

E acabo de perceber que esse post não fez sentido algum...
Tudo bem, era essa a intenção :D

Peace, brotha!!

domingo, 2 de maio de 2010

As Nossas Memórias.

Há quanto tempo, blogzinho! Desde aquele post estranho que não apareço aqui, ele parece estar virando um diário. Eu realmente tive muitas coisas pra fazer durante esse tempo, finalmente consegui passar no vestibular e agora estou conhecendo a vida acadêmica, mas eu tive alguns desânimos em relação ao meu curso. Começa pelo fato que é 'Vespertino-Noturno' e eu fiz esse curso pensando em fugir desse horário, mas acabei caindo nesa desgraça. Agora sou meio que desprendido do curso, mas tenho q fazer minha parte, pq num vou poder mudar de curso, caso eu passe no vestibular/vestibulinho. Ainda é o começo do ano, mas, vou começar a pensar nisso...

Mudando de assunto. Sobre o post de hoje, eu passei um tempão pensando no que escrever, que não fosse ruim e nem muito promissor, claro, aqui apenas coloco algumas informações interessantes que acho úteis (ou não) e pensamentos meus (ou não²), então, seguindo o segundo exemplo, vou falar um pouco sobre as memórias.

Digo, o que são memórias realmente? Eu ao longo da minha vida aprendi que são fatos que aconteceram, informações, que ficam guardadas e/ou registradas na sua mente. Até ai é o básico. Porém, hoje, indo pra federal, estava pensando (como um bom filósofo deve fazer...) sobre algo que me ocorreu: "porque não consigo lembrar de 'tal coisa'?"
Essa tal coisa, era feliz, então pensei, era algo muito feliz, e eu sei o que aconteceu, mas como aconteceu que não consigo lembrar, como foi o momento, só contenho a informação "feliz" como se estivesse sido escrita como o nome da "pasta com senha ou sem dados".
E logo me ocorreu a cabeça, que eu lembrei de algo muito triste que ocorreu no passado e, consegui lembrar de cada detalhe do que eu senti.
Seria nossas memórias atadas mais às tragédias do que os momentos felizes?

As vezes penso naquelas frases: A dor deixa marcas, cicatrizes.
E acho que realmente fazem sentido. Seria quase um equívoco dizer que não é verdade. Essas memórias parecem agir como cicatrizes, marcadas pra sempre na sua vida. Talvez seja um trauma, uma força motriz invisível que pulsa na nossa mente.

Estava falando com um amigo meu hoje, sobre certas coisas que faço, mas não sou eu, é um mecanismo automático que ativa e me faz agir desse jeito. No caso, é trauma, como se eu estivesse (des)preparado para qualquer coisa que me venha a acontecer, mesmo acontecendo ou não, e minha mente relaciona os atos passados com o de hoje, e junta tudo, e ativa o 'mecanismo'.
Não é exatamente culpa minha, mas ainda é, por isso que esse amigo meu sempre diz: "nunca deixe os seus sentimentos te controlar, você que os deve controlar", eu sou um pedaço de carne que vive e funciona de sentimentos, diferente dele que age muito com a razão (pode parecer piegas) eu começo mais a agir com o coração.

Talvez a vida nos torne escravos de nossas próprias lembranças e memórias, mas de um mundo onde o futuro é incerto e o passado mais ainda, por que não se arriscar?
Digo, quem pode comprovar que aconteceu mesmo? Livros? Cientístas? E se realmente não aconteceu mas eles comportaram como uma bíblia e jogaram na cabeça das pessoas para que sejamos obrigados a ter uma explicação pra tudo?
Devaneios da mente a parte. Ninguém pode lutar contra as forças da memória, o máximo que pode fazer é preenchê-la com outras memórias, até que elas se percam no subconsciente e fiquem por lá durante tempo indeterminado.

Termino por aqui esse post de devaneios da minha mente...
Espero ter tornado esses poucos momentos bem proveitosos pra pessoa que leu.

Até!

sábado, 23 de janeiro de 2010

"O diario de um baixista" - Primeiro Ato

Cá estou, em mais um post, como não tenho muitas coisas para discutir, apenas vou complementar o blog com uma nova seção (MAIS UMA?), se trata de um pequeno diário de banda, "O Diário de um Baixista" irá dar algumas dicas e informar outras sobre algumas situações. Situações bizarras? Loucas? Sem graça? Ninguém sabe dizer, então, vou dar um pequeno resumo sobre a minha banda e o pobre baixista aqui.

"Meu nome é Andrey Alex, tenho 20 anos e sou baixista da banda Supernova, Oasis Cover. A banda teve início em junho de 2009, é bem nova, como sugere o nome, mas já tivemos experiencias legais no mundo da música.
Já nos apresentamos no Café com Arte, umas três vezes, com a nossa segunda formação. Ah sim! Tivemos uma formação antes da formação que as pessoas conhecem, mas não era muito diferente, só tinha outro vocal. Éramos compostos mais ou menos assim: Andrey (Baixo), Igor Pinheiro (Guitarra solo), Natália Cruz (Bateria), Maitê Gentil (Guitarra Base/ocasionalmente solo), Leonardo (Vocalista) e Kemps Lobo (Tecladista). Essa era a formação "Clássica". Tivemos 3 apresentações, todas com altos e baixos, o melhor que a parte alta foi a maior, ainda bem.

Mas, tivemos uns probleminhas. A Natália teve que se mudar pra Portugal e logo, a Maitê saiu da banda por motivos pessoais, e motivos dos quais até hoje nem entendi. E agora, a banda se reestruturou, estamos passando por uma fase de adaptação, o primo da Natália, o Khelson, um amigo de longa data também, entrou no lugar, e o outro foi o Felipe que entrou no lugar da maitê"

Agora sim. Como estamos em período de reestruturação, agora vamos ter que penar um pouco pra voltarmos à ativa.
Estar num baixo é como dar conselhos à uma pessoa. Ele é como se fosse a voz da consciência da musica, digamos que seja dividido assim:

Vocal - o ápice da musica, o ponto dourado.
Guitarra solo - o ponto dourado secundário.
Guitarra Base - o apoio para a solo e para a contagem dela.
Bateria - Apoio para toda a musica, o esqueleto constante.
Teclados - Ambientação da musica.
Baixo - Auxiliar de todos, já que este depende da bateria para se guiar.

É como se você desse uma cutucada em cada pessoa ali, e normalmente, se você estiver errando, alguém SEMPRE vai perceber.
Eu não fico só no baixo, as vezes eu passo pra fazer backing vocals, quando o Igor não consegue cantar porque ta solando.
Ter uma banda tem que ser no mínimo um desocupado numa hora do dia, porque, custa esse tempo, você tem que tirar as musicas, praticá-las, praticar de novo pra ver se não esquece, e finalmente, ter tempo para ir em estúdio e colocar a joça em ação!

Uma coisa interessante em dedicar uma parte de seu tempo à musica é que você começa a contemplá-la de forma diferente de quando você não entendia BULHUFAS dela. Antigamente a musica era uma coisa aos meus ouvidos, hoje em dia, são várias coisas. Sua sensibilidade muda em relação à ela, ela se torna mais do que duas coisas (antigamente eu só apreciava tal com duas partes, a letra e a musica), o que pode parecer uma burrice da minha parte, mas hei de quem falar algo, aposto que quase ninguém que não entende NADA de musica consiga diferenciar o baixo de uma guitarra.

Acho que o tempo é uma coisa muito escassa. Tipo, relacione-o sempre a coisas que sejam úteis para você, eu acho que ser baixista de uma banda séria vale a pena, já que a gente ganha grana e aprende algumas coisas, mas nunca faça como alguém (que não citarei o nome) que compra um violão e aprende pra fazer nada, ao invés de ficar foda e se dedicar à isso... e usar isso!!! Em prol do seu bem! Esse negócio de hobbie realmente enche o saco.

Bem, fico por aqui, espero que consiga escrever algo mais interessante!
Até o/

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Comentando Álbuns #6 - O Muro... Ou não! (Parte 2)

Continuando o último post, que foi finalizado com o final do primeiro disco.
Então sem papo-furado, vamos continuar!

Hey You (4:40)
Essa musica por incrível que pareça, não entrou no filme, ela foi gravada mas não foi posta porque no contexto da pelicula, ela ficaria distante de tal. A musica fala sobre esperança, a pequena luz que existe dentro de Pink. Na musica, singela como todas as grandes musicas do Floyd, começa com um dedilhado, e entra Gilmour, perguntando "Hey you, out there in the cold, getting lonely, getting old, can you feel me?". A musica segue um clima tenso, com um solo baseado no tema do The Wall, o mesmo de Another Brick, e logo em seguida, Roger retoma os vocais, gritando que nem um louco. Hey You não é uma musica discutível, ela é boa, e é isso. E termina com uma das frases mais fodas do álbum "Together we stand, Divided we fall!"...

Is There Anybody Out There? (2:44)
ITAOT, abreviado, foi o nome do cd de compilações ao vivo da tour que saiu em 2001 também, essa musica é uma das peças mais bonitas no álbum, começa obscura e apenas roger com um coro dizendo "Is There anybody out there?" com efeitos que lembram Echoes no fundo.
E depois, entra um dedilhado de violão, seguido de um quarteto de cordas, uma bela musica de fato, pena que é esquecida. Em contexto com a história, é o momento em que Pink, começa a se perguntar se ele mesmo quer estar ali...

Nobody Home (3:26)
Ainda em sua depressão profunda, Pink tenta entrar em contato consigo mesmo, ou será uma ligação para a sua casa? É incerto, mesmo andando pelos cacos de vidro da janela quebrada, ou pela ilusão do campo de batalha da segunda guerra, onde seu pai morreu, nada parece mais fazer sentido para tal. Como musica é difícil dizer, é uma belíssima canção, Roger a recita, não chega nem a cantar, mas instrumentalmente, é composta por piano e orquestra, dá um belo preview do que vem a ser o próximo álbum: The Final Cut.

Vera (1:35)
Vera Lynn era uma cantora da segunda guerra mundial, compôs um dos hinos na época "We'll Meet Again" que é citado na letra. A frase no começo da canção ("Where the hell are you, Simon?") e os sons durante a musica são do filme Battle of Britain de 1969.

Bring the Boys Back Home (1:21)
Não tenho muito sobre o que falar dela. É apenas uma passagem para...

Comfortably Numb (6:24)
"Hello, is there anybody in there?" começa a musica sutilmente com Roger perguntando se Pink está acordado, o show dele vai começar logo, ele precisa estar de pé, mas Pink ainda está em estado de depressão, quase catatônico. Logo, Pink é examinado pelo médico (Roger) e logo ele entra em contato com se interior, a parte boa de sua consciência, representado por David.
E após o primeiro refrão, o solo, um solo tão simples, mas eficazmente perfeito, dando um gostinho de quero mais... Logo Roger retoma os vocais, levantando Pink por meios medicinais, assim ele estará pronto para o show (note a parte da agulha 'just a little pin prick', aquele grito da uma sensação de interação com a musica), e Pink retorna a sua consciência, dizendo que todas as coisas boas do passado se foram, "The child is grow, the dream is gone" e agora ele estará confortávelmente entorpecido. E então começa o solo, um dos melhores solos da história do rock! Cotado como Quarto maior solo da história do rock pela Guitar World Magazine. E não é para menos, não há formas de explicar, apenas escute a musica e tire as suas conclusões...

The Show Must Go On (1:36)
Esta aqui como Bring the Boys, é uma passagem para a próxima musica...

In The Flesh (4:19)
Com esta canção, começa a série de canções que marcam a nova figura de Pink, induzido por alucenógenos, fazendo-o acreditar que é um Ditador Facista, desejando morte à todos aqueles "indesejáveis" por ele, como Negros, Judeus, Homossexuais, Viciados e etc.
A musica segue a mesma forma da primeira parte, é um reprise mas com letras diferentes.

Run Like Hell (4:19)
Com uma gitarra em delay, e uma ré sendo tocada em palm muted, a musica começa com palmas e abrindo pra uma canção no mínimo louca do álbum, a única que tem um solo preciso de Rick Wright nos teclados. Algumas curiosidades sobre essa canção:
A musica na verdade, é bem maior que a versão do álbum, mas é algo tão raro que talvez nunca veremos (ouviremos), no filme, Alan Parker, diretor, achou que Skinheads VERDADEIROS fariam um trabalho dígno de neo nazis à serviço do ditador Pink, o que deu uma confusão total, eles não paravam de destruir tudo, e quase chegaram a estuprar de verdade a garota que parece ser estuprada no filme. Coisa tensa viu!

Waiting For The Worms (3:58)
Neste ponto da história, Pink perde a noção de sua mente, e deixa que suas idéias ruins, os "Vermes" (Worms) tomem conta de sua mente. A musica varia muito de partes pesadas à lentas, oscilando de forma súbita. Estranhamente postas em momentos mais estranhos ainda.
No final, conduzida por um Leitmotiv (Motivo condutor, técnica criada por Richard Wagner), no caso, o tema do The Wall, leva a musica à uma loucura sem fim... Até que Pink grita: STOP!

Stop (0:30)
Uma pausa, Pink está cansado, quer ir embora, tirar esse uniforme e deixar o show... E então, sem poderes para se julgar, ele recorre ao seu interior...

The Trial (5:13)
Finalmente, o jurí está montado, o ponto climax do álbum começa, a decisão final de Pink.
Movido por uma vida cheia de traumas e abusos, quase a destruir a razão dele, ele é posto numa corte onde ele deve ser julgado por sí mesmo. Culpado por "Mostrar sentimentos! Quase da natureza Humana, Isso não se faz!" que foi mostrada em todo o ábum, logo um dos abusos que ele sofreu na infância, no caso, seu Professor. Logo sua esposa adultéria e então, sua mãe superproterora. E então, dentro da batalha interior pela sua insanidade, um novo personagem aparece, O Juiz, Durante, Pink está na beira do caos mental, "Crazy, Over the rainbow I am crazy, bars in the window, The must be a door in the wall, when I came in..." E então, O Juiz chega a conclusão que Pink na verdade foi o culpado por todo o mal que doi causado por ele, por não ter superado tais eventos, e então, é judiciado à destruir sua própria parede! TEAR DOWN THE WALL!

Outside The Wall (1:41)
Só para constar, Outside The Wall não é o fim da história, apenas é um tipo de conclusão, por que não explica nada o que aconteceu no final. Uma outra curiosidade é que Hey You deveria estar entre Comfortably Numb e The Show Must go On, mas na line up final ela foi retirada de lá.
"Isn't This Where" é a frase que termina a musica e que completa a primeira frase de In The Flesh? Ou seja, "Isn't This Where We Came In?" fazem um ciclo no álbum. No contexto, talvez uma nova chance á Pink?


The Wall foi basicamente o começo do Fim da formação original do Floyd, após este álbum, nasceria The Final Cut, o estado maior de loucura de Roger Waters, e por fim, a expulsão de Roger. Muitos dizem que o verdadeiro Floyd morreu nesse álbum, mas acho que ele morreu em Wish You Were Here, voltou em partes no Animals, e teve aparições no The Wall, claro, opinião pessoal, mas a discussão Waters X Gilmour durará por longos e longos anos. O que importa realmente é que, ambos juntos ou separados, fizeram musicas boas! (Tirando Radio KAOS e About A Face, e também algumas do A Momentary Lapse of Reason).

The Wall com certeza mudou a história do rock, se você ainda não ouviu, está perdendo uma GRANDE oportunidade!
Bem, vejo vocês no próximo post!
Até!! o/

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Comentando Álbuns #6 - O Muro... Ou não! (Parte 1)



E hoje falo de um álbum que marcou o início de uma fase tensa para a banda, Pink Floyd.
Mas antes, quero comentar algo aqui, uma questão:

"Hoje (06/12/2009), fui assaltado, levaram minha carteira com documentos importantíssimos, meu celular e meu violão. Agora eu lembro mais ou menos da cara dos meliantes e também da roupa que usavam. Porque não usavam roupas sujas e cheiravam mal? Porque segundo o discurso dos 'politicamente-corretos' eles fazem isso por necessidade. Mas olha só, o cara devia ter até camisa de marca, coisa que EU não tenho. Seria realmente necessário me assaltar? Acho que hoje em dia, as pessoas só querem do jeito mais símples e menos justo. Acham que só porque estão com uma arma de fogo em mãos tem o poder de mudar o destino de uma pessoa. Na boa? Vocês me enojam."

Qualquer erro de português, peço desculpas, então voltemos à programação normal.

The Wall, gravado entre Janeiro - Novembro de 1979 em vários locais (não foi apenas na Abbey Road onde o Floyd costumava a gravar seus álbuns). O conceito do muro veio de Roger Waters, que num concerto em Quebec na In The Flesh Tour 1977, foi atacado por um fã, em reação ele cuspiu na cara de tal, o que o fez se repugnar pela tal ação, Waters transformou a idéia de banda/público num conceito maior. Ai nasce o The Wall.

The Wall além de tratar a polaridade da sociedade, também retrata o drama pessoal de Roger Waters, transparecido como Pink, o anti-herói da história, que perdeu o pai antes mesmo de nascer, traído pela mulher e blá. E no ato de se proteger de tal mundo cruel, ele cria uma barreira entre o mundo real e o SEU mundo, logo, constrói o tal muro.

Em relação à banda, as coisas estavam tensas entre os membros, Richard Wright (teclados) foi chutado durante as gravações, porque não deixava o pó pra ninguém, e isso deixou Roger muito puto, logo ele deu um chega pra lá em Rick.

David Gilmour tinha feito um disco solo e gostou da idéia, tanto que certas demos tomaram vida nesse álbum (no caso de Comfortably Numb). Nick Mason é um preguiçoso que gosta muito de ferraris, então, dane-se.
Seja como for, o álbum superou as expectativas do anterior, Animals, vendeu tanto que está como o terceiro álbum mais vendido de sempre nos estados unidos. 23 vezes Platinado, e em 1998 elegido pela Q Magazine como o 65° melhor álbum da história e em 87° na Rolling Stone em 2003.

Agora, aqui vai a resenha do álbum, longo, então vamos lá: "Let's tear down the wall!"

In The Flesh? (3:20)
"We came In?" é a frase que abre o álbum, bem baixa, junto com a melodia que será repetida em Outside The Wall mais tarde. In The Flesh é a musica com o riff mais pesado do Floyd. Seguido de uma intro longa a la Pink Floyd, apenas para mostrar a voz de Waters dizendo que as coisas não são como parecem! E então a marcha recomeça com Pink (Waters) mandando desligarem os efeitos de som e terminando com um grito que é marcado até hoje pelos fãs de Floyd: Turn it off!

É quando um avião caí e explode, dando passagem à...
The Thin Ice (2:27)
O belo piano que não sei dizer se é de Rick Wright ou Michael Kamen abre a musica quando a voz doce e inconfundível de David Gilmour canta interpretando a mãe do pequeno Pink, enquanto ela vê seu marido partir para o mar, longe dos dois. Logo a voz de Waters rasga a doçura, colocando a história no presente, mostrando enquanto você esquiar no gelo fino da vida, pode cair na água fria e se cortar agarrando-o. Então um solo frio e tenso de David lidera a musica, tornando a doçura em frieza, medo e dor.

E então, nosso bebê cresce para um garoto de cinco anos, e descobrindo a morte do pai, começa a construir o seu próprio mundo...
Another Brick In The Wall (Parte 1) (3:21)
"Papai vôou para cruzar o oceano, apenas deixando sua memória para mim" enquanto ele observa uma foto no álbum de família, se pergunta "papai, o que você deixou pra mim" e ele se responde "um tijolo para construir sua parede". A musica se perde em seu riff obscuro, gritos de crianças enquanto correm pelo parquinho, e Pink as olha, com seus pais, e ele só. Quando o riff começa a entrar no fade-out, um barulho de helicóptero se aproxima.

The Happiest Days of Our Lives (1:46)
"You! Yes, You! Stand still laddie!" e a musica pulsa e para, um susto, mais uma vez, e o riff retorna mais grooveante, uma escala de baixo e a voz fria de Waters murmura sobre os dias de escola do jovem Pink, abusado pelo sistema educacional da Inglaterra. Logo a musica ganha uma bateria menos direta e mais pulsante enquanto Waters diz que por mais que os professores abusem de seu poder, em casa ainda são mandados por suas esposas. O sarcasmo de Waters sempre abusando da musica, logo um coro lidera e prepara para a próxima musica...

Another Brick In The Wall (Parte 2) (3:21)
Finalmente, a musica do helicópetro de verdade. De dez pessoas que nasceram só nos anos 90, essas 10 já escutaram essa musica. Mas você me pergunta "Porque diabos uma peça do Rock Progressivo que fala sobre o método descriminante de ensino da Inglaterra é um sucesso mundial?" E eu te respondo: por causa do groove da musica (groove, leia-se, rítimo).
Sim, ela tocava em boates dos anos 70~80, discotecas, modificada para ficar mais rápido e etc. Não sei que visão Roger Waters tem disso, mas que ele ganhou uma grana violenta com isso ele ganhou, e bem fácil!
O contexto já expliquei, mas vou fazer uma observação de quotes sobre essa musica:
- Você sabia que o solo de ABITW 2 foi criado na hora e no estúdio? No meio da gravação? Roger Waters achou que a musica estava precisando de um auxílio pra se segurar por mais tempo, e então ele EXIGIU que David Gilmour fizesse um solo, bem, daí surgiu um dos melhores solos do rock progressivo, ou pelo menos um dos mais conhecidos.
- As crianças que compuseram o coro na musica, receberam apenas uma cópia do The Wall e 500 euros pra dividirem entre si, anos depois eles se juntaram e processaram os caras, e transformaram essa grana numa grana mais justa.
- Você sabia que a musica também foi feita para ter impactos aterrorizantes em menores de idade? Tipo de 5~7 anos? O próprio Roger disse que todo o The Wall tem essa visão sobre o terror nas costas do álbum, é natural que ocorra uma aversão em meio dessas musicas por soarem tão "sinistras".

Mother (5:36)
Mother é uma canção que fala como uma pessoa pode fazer com que seu filho seja dominado até o dia que completa 18 anos. Ou mais talvez, criada num meio onde o pavor que a perda do pai o assombre pelo resto da vida. A musica na verdade lembra um pouco Wish you Were Here, pelo fato de ser também tocada de forma acustica, com Roger Waters fazendo o papel de Pink e David Gilmour fazendo o papel da mãe superprotetora. Uma das musicas onde eles dividem os vocais, é algo muito legal, que faz os dois manterem polos separados (Poles Apart é do Division Bell, mas ok) durante a musica.

(Se Você estiver escutando o LP, é a hora de trocar de lado...)
Goodbye Blue Sky (2:45)
Um dedilhado de violão toma conta do ambiente, indo do calmo e lindo para uma parte totalmente sinistra e obscura (uma das partes que fazem parte do lado medonho do The Wall), então David Gilmour começa a cantar, com certo medo na voz, para transparecer o medo das guerras, bombas atômicas, e que no final de tudo, nós temos no coração a esperança de ver o Céu azul que se foi, escondido pela fumaça de tais bombas jogadas em nós mesmos.

Empty Spaces (2:10)
A musica começa com uma melodia dark (como sempre) se erguendo, erguendo, seguido de um solo de guitarra de Dave, e logo aumentando ao extremo, fazendo uma pequena referência à Pink fazer turnê nos EUA, e descobrindo que sua mulher o trái, fazendo com que ele comece a colocar mais tijolos no muro que o separa da vida com as outras pessoas.
Uma nota que há uma mensagem secreta na musica, que está ao contrário. Não tive a paciência de saber o porquê dela, mas se você procurar vai encontrar coisas sobre tal easter egg.

Young Lust (3:25)
Dave canta o lado mais rock'n roll de Pink, que não está mais nem ai pra sua mulher, apenas curtindo o prazer da vida de rockstar. Com uma pegada bem Hard Rock e um solo fodástico, Young Lust ilustra uma das ultimas parcerias Waters/Gilmour, que apenas se repetirá em Comfortably Numb e Run Like Hell, no segundo disco.

One of My Turns (3:35)
Pink começando a se destruir pelas drogas, começa a perder o senso de razão que lhe restava, mesmo tendo aproveitado cm várias mulheres, acha que com uma só era o bastante, e então começa a pirar, mas pirar foda, assim como a musica que antes estava falando do amor e como ele machuca, e nos torna amargos, e isso o emputece fazendo milhares de merdas em seu quarto no hotel, Waters cantando com a maior loucura que pode cantar, com todo seu sarcasmo canta "Run to the bedroom, in the suitcase on the left you'll find my favorite axe!" e "Don't look so frightned, it's a just passing phase of my bad days!" num rítimo bem Rock'n Roll, e um solo totalmente blues/hard, ele termina jogando a televisão pela janela e gritando "MOTHERFUCKERS!!" (Incluído apenas no filme!).

Don't Leave Me Now (4:16)
Então Pink descobre que agora está só, os tijolos estão começando a se fechar, nada mais resta, ele ainda tenta retornar para sua mulher, mas seu ódio fala mais alto, de forma grosseira se possível, e então ele se pergunta ainda, "porque você está fugindo?" e então um solo de Dave entra para deixar tudo mais melancólico e destruir de uma vez a esperança do pobre homem.

Another Brick In The Wall (Parte 3) (1:14)
E um barulho de Pink destruíndo a televisão que foi jogada pela janela (talvez uma ilusão?) e recorrendo há um grito de raiva e dor.
Agora, Pink totalmente desiludido com a sociedade, se larga das amarras que o prende nesse mundo, de forma mais violenta possível, assim como o ritimo, que progressivamente cresceu até a última parte da trilogia chave do primeiro disco.

Goodbye Cruel World (1:13)
Não há nada o que dizer, apenas as considerações finais para o final do primeiro disco, e a primeira parte da resenha...
"Goodbye cruel world
I'm Leaving you today
Goodbye, goodbye, goodbye

Goodbye all you people
There's nothing you could say
To make me chance my mind
Goodby..."
E o Muro se fecha....