Debatendo Álbuns (Estréia)

Sim! Hoje inaugurarei uma nova atração para o blog! O "Debatendo Álbuns"! (desculpem pelo fato de que eu não escrevi o post sobre o bátima, não sei o que escrever!!)
A idéia veio apartir de um post lá na comunidade do Pink Floyd do Orkut, que era "Discutindo Álbuns", cara, eu achei demais a idéia, entao farei o mesmo, mas com álbuns de outros artistas também, e hoje, farei uma síntese de um dos álbuns mais importantes da história do Metal, e talvez até da música, um álbum que mudou a vida não só a das pessoas que escutaram na época, mas a deles também, e esse álbum é nada mais nada menos que: Master of Puppets é lógico!

Comecemos...
Era 1985, o Metallica já tinha sua legião de fãs escolhida á dedo, todos filhos do álbum Ride The Lightning (que houve controvérsias para a aceitação de fãs mais "xiitas"). O Metallica estava querendo alçar um voo mais preciso, então eles tiveram a idéia de tentar uma gravadora "grande" para o porte deles, então eles tentaram a Elektra. Cliff Burton apoiou a idéia porque queria gravar em um estúdio que valesse á pena e que tinha equipamento que valesse a pena, então o Metallica entrou nessa jornada.

Em Setembro de 1985 eles entraram no estúdio "Sweet Silence Studio" Em Copenhagem para a gravação do disco. em Dezembro de 1985 eles finalizaram o álbum que foi lançado dia 3 de Março de 1986.

Agora ao que interessa:
Master of Puppets tem uma série de solos, letras, vocais e riffs fulminantes, de todos os modos. Não sei dizer se ele tem algum conceito, mas por outro lado, cada musica tem o seu, então, deixe-as falar por si mesmas!

Battery: Alguém que conhece o Metallica, sabe que o começo dessa musica é uma pegadinha cruel, a mesma que assustou muitos em Fight Fire With Fire no Ride The Lightning. Pois então, pra quem escuta pela primeira vez é um susto. A melodia é linda demais, soa como uma peça erudita, se já não é uma, vai nos guiando, guiando até que a bateria, o baixo e as guitarras entram fazendo a mesma melodia só que mais pesada e de repente, o a melodia cai e entra um riff fodástico, aqueles que na hora te dá vontade de banguear. Battery fala da violência em todos os aspectos, que nós criamos a violência gratuíta "Hungry violence seeker, feeding off the weaker, breeding on insanity".
Isso nos faz acreditar que tudo gira em torno da violência, todo o processo de criação e conduta são coisas impostas de forma cruel e talvez até agonizante, tudo em nome da 'espontânea e livre pressão', aliás, muita gente confunde o sentido do nome, mas Battery significa Agressão na tradução para esse sentido.

Master of Puppets: O clássico dos clássicos do Metallica, qualquer fã do Metallica que se preze, DEVE conhecer essa musica, MoP é um daqueles hits que começam na porrada, sem frescuras, com seus "End of passion play, crumbling away, I'm your source of self destruction!!" que fazem a galera vibrar, dois solos fodas, um com uma harmonia totalmente inspirada e outro fulminante, um dous auges desse álbum, mas vamos ao ponto crítico. MoP tem um tipo de letra que você não percebe do que se trata na hora, é necessário muito conhecimento e atenção. Não tenho muito dos dois, mas é o bastante pra sacar que MoP fala não exclusivamente de guerras e etc, mas inclusive de "Dependência as drogas", sim, dependência. é difícil de acreditar, mas é verdade."Veins that pump with fear, Sucking darkest clear, Leading on your deaths' construction"(tradução: vêias que pulsam com medo, sugando a escuridão te levando á contrução de sua morte) não precisa dizer mais não acham?

The Thing That Should Not Be: TTTSNB (abreviado XD) é interessante pacas, a fonte de inspiração é novamente H.P. Lovecraft. Qual livro?? The Call of Chtulhu novamente! Carinhosamente chamado por eles de Ktulu. Não sei bem ao certo sobre o que exatamente fala, ainda não li o livro, mas quando eu tiver tempo, lerei e postarei uma resenha aqui. A musica segue um pouco da linha "musica lenta e malvada" parecendo For Whom The Bell Tolls, tem um clima totalmente obscuro/soturno, e na versão S&M, a orquestra está divinamente bem colocada!

Welcome Home (Sanitarium): Bem, essa com certeza fala sobre a loucura, mas Sanitarium também pode ser aceito como um lugar de tratamento á tuberculose. O esquema da musica segue o mesmo de Fade To Black, mas WH(S) é bem mais pesada e obscura. Uma curiosidade é que quando a parte pesada começa (fear of living on, native getting restless now...) tem uma semelhança com o riff de Tom Sawyer do Rush, Metallica até agradece á eles no encarte do álbum pelo Riff.

Disposable Heroes: Heroís Descartáveis, belo nome não acham? DH é a crítica ferrenha contra as guerras nesse álbum, o pequeno soldado, feito de barro que agora é apenas uma casca vazia se torna arma do governo e é controlado por seus superiores, quando deve lutar, quando deve morrer. A musica lembra um pouco Creeping Death na parte de grandiosismo, e o solo é fenomenal, um dos melhores do álbum, com certeza Kirk Hammet estava mais do que inspirado quando escreveu esse solo!

Leper Messiah: O começo dessa musica é engraçado, se você escutar ao talo, vai escutar o baixo fazer um som rápido e James Hetfield gritando "one, two, three, four..." e começa a musica. Um riff muito foda, sem firulagens que abre uma estrofe matadora, falando que você é a atração principal de um circo, controlado pelo poder e pelos poderosos, aqueles que são intitulados os "Messias Leprosos", controlados pelo dinheiro e fama... O solo surge de forma repentina, onde devia ter aparecido antes, mas ainda sim é 10!

Orion: Fade In... dois acordes tocados, não sei dizer ao certo se é no contrabaixo ou na guitarra (porque sinceramente, o contrabaixo do Cliff é comparado á uma guitarra) e a bateria vem bem baixinha, depois vai aumentando e pronto, começa aquele riff sensacional nas guitarras e começa Orion, não sei se é desrespeito as outras instrumentais do Metallica, mas essa aqui é a MELHOR de todas. Agora vem a pergunta "por que diabos é a melhor?", símples, a estrutura dela é totalmente original em comparação as outras (tirando Pulling Teeth e Ktulu), já que as que vieram depois dela, seguem a mesma estrutura: fade in, parte pesada, parte harmônica, parte pesada e fade out. Ah sim, o ponto MAIS ALTO da musica na minha opinião é o solo de baixo do Cliff, é melâncólico, totalmente inspirado e fodástico, não há dúvidas, se houver um "The Best of Metallica" ela TEM que estar!

Damage Inc.: A última musica do álbum, foi uma longa jornada, puro peso e muito o que dizer... Bem, depois disso, o que você pode esperar é algo mais morno, pra engolir melhor... mas não com esses caras. Com aquele começo que engana o pessoal, eles fazem dessa talvez a musica mais pesada do álbum, sem frescuras, uma letra que parece que foi escríta por um maníaco por destruíção! Muitos "Fucks" aqui e ali, o riff rasgando cada minuto passado e aquele velho "Go" para que entre o solo, bem típico das musicas de encerramento do Metallica (vide Dyers Eve, The Struggle Within e My Apocalypse) e um solo fenomenal de Kirk Hammett. A musica soa como você estivesse num quarto com aquele maníaco citado acima, enquanto ele quebra tudo.

Master of Puppets com certeza foi um ponto muito alto pro Metallica, teve uma ótima recepção, vendeu muito sem contar com a mídia ou meios de comunicação, apenas boca a boca, já que os caras do Metallica não gostavam disso (ok, eles mudaram MUITO quando o Bob"oca" Rock entrou na vida deles), eles conseguiram um sucesso estrondoso, não foi maior que o Black Album, mas com certeza foi uma grande conquista para eles, mas como dizem, nem tudo é perfeito.
Durante a tour Damage Inc. pela Europa, no dia 27 de Setembro de 1986 houve uma tragédia terrível, Cliff Burton morre num acidente que ocorreu com o ônibus da banda. Cliff havia disputado com Kirk o beliche de cima que era o mais confortável, Cliff ganhou e então, durante a madrugada, o ônibus derrapou por causa do gelo acumulado na pista, que era imperceptível á noite (Black Ice como é chamado), Cliff foi arremessado pela janela e como se isso não bastasse, o ônibus caiu em cima dele e foi arrastando ele por todo o percurso do acidente...
É doloroso ler e mais ainda escrever isso, porque é uma forma terrível de morrer. No enterro de Cliff, o Metallica substituiu Cliff por Jason Newsted que ia acompanhar a banda por mais de 10 anos, e no funeral tocaram "Orion" pela primeira vez ao vivo, esta foi tocada vinte anos mais tarde no "Rock Am Ring 2006" festejando os 20 anos do lançamento do álbum e novamente em memória a Cliff.

Pra quem quiser sacar o som: Clique aqui para baixá-lo no 4shared, se o link expirar, me avisem comentando aqui, eu repostarei.
Pois bem, meus amigos, espero que tenham gostado porque deu muito trabalho!
Vejo vocês na próxima!!

Até mais! o/

Next Episode: Fear of a Blank Planet!